Não adianta fazer cara feia

 

Recentemente recebemos o seguinte desabafo de uma concurseira leitora o blog:
“Não agüento mais gente que não me ajuda em nada na minha luta para me tornar servidora pública torcendo contra e ainda por cima fazendo questão de deixar isso claro com perguntas constrangedoras na frente de outras perguntas, piadinhas mais sem graça impossível e críticas ácidas pensadas para me desmotivar e machucar. Já perdi a paciência uma vez e soltei os cachorros para uma dessas pessoas dizendo tudo o que tinha entalado na garganta. Não sei se conseguirei resistir ao ímpeto de fazer o mesmo com outras pessoas que teimam em me aporrinhar em troca de nada, a não ser de alguma doentia necessidade de me ver para baixo e triste.”

Realmente, muitos concurseiros têm de lidar com dificuldades extras que vão muito além daquelas apresentadas pelo estudo em si, pelas matérias a serem dominadas, pela motivação a ser mantida e por aí vai, têm de lidar com pessoas sem noção ou mesmo maldosas que não pensam muito antes de atacarem com piadinhas, comentários, rumores, perguntas indiscretas.
Basicamente, as pessoas que cercam o concurseiro podem ser classificadas em quatro tipos:
1º tipo – Aquelas que procuram não interferir na vida do concurseiro, deixando-a em paz para estudar e lidar com suas dificuldades por conta própria;
2º tipo – Aquelas que querem muito o bem do concurseiro, verdadeiramente torcem por sua vitória, e procuram ser uma presença positiva em suas vidas através de palavras e ações de incentivo, suporte, apoio;
3º tipo – Aquelas que também querem o bem do concurseiro, mas que metem os pés pelas mãos e acabam muitas vezes fazendo mais mal que ajudam, acabam sendo mal interpretadas pelos concurseiros e vistos como vilões;
4º tipo – Aquelas que por algum sentimento negativo querem mesmo alfinetas, desestimular ou mesmo prejudicar o concurseiro, se não por atos com palavras.
O problema é a relatividade das coisas. Não há uma percentagem fixa desses tipos de pessoas para todo e qualquer concurseiro, muito pelo contrário, variam para cada um. Alguns concurseiros têm a felicidade de ter ao seu redor mais pessoas do primeiro e segundo tipos. Outros têm o azar de ter de lidar no cotidiano com muitas pessoas do terceiro, ou pior ainda, quarto tipo. A vida é assim mesmo, alguns têm mais sorte que outros, mas as dificuldades existem para serem transpostas … ou sepultarem todos seus sonhos e esperanças, cabe a cada um lidar com as coisas da forma que lhe aprouver.
Todos esses tipos de pessoas têm seu lado positivo e negativo … tudo dependerá do momento vivido pelo concurseiro. Em alguns momentos pessoas do primeiro tipo podem ser uma dádiva, em outros podem parecer frias demais … ou seja, podem ser positivas ou negativas para o concurseiro. Em algumas situações pessoas do quarto tipo são o empurrão que faltava para o concurseiro evoluir, em outros são uma provação das mais difíceis.
RESUMO DA ÓPERA – Você já parou para pensar que o problema pode não ser as pessoas, mas você? Talvez você as leve sério demais … ou não as leve a sério o suficiente. Temos de lidar com pessoas, isso é fato, portanto temos de fazer isso da melhor forma possível, aproveitando o que podem fazer (ou não fazer) para nos ajudar e encarando aquilo que nos atrapalha. Difícil, mas necessário.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.


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