DICAS PARA NÃO SEGUIR

A primeira “dica furada” que todo bom concurseiro já ouviu é a clássica: Para passar, deve-se estudar 12, 14, 15 horas por dia.

Meus caros. Quando eu entrei na faculdade, isso era uma lenda urbana entre os alunos que desejavam prestar concursos! (Lendas Urbanas: “pequenas histórias de caráter fabuloso ou sensacionalista, amplamente divulgadas de forma oral, por e-mails ou pela imprensa e que constituem um tipo de folclore moderno. São frequentemente narradas como sendo fatos acontecidos a um amigo de um amigo ou de conhecimento público”. Fonte: Wikipédia).

Diante dessa crença geral, eu, simples mortal, desisti. Sim. Não queria e nem podia passar esse monte de horas por dia estudando.
No entanto, posteriormente, pensei que ao invés de desistir, poderia buscar maiores informações com quem realmente passou em concursos. Foi então que eu comecei uma “enquete”. Toda vez que eu conhecia um servidor, procurava saber quantas horas por dia ele havia estudado! Era meio ridículo, mas pelo menos funcionou. Pude perceber que quem passa não é aquele que fica mais tempo estudando, e sim aquele que estuda com melhor qualidade. Você pode passar 12 horas estudando, mas será que você realmente aproveitou essas 12 horas?
Chega um momento em que o nosso cérebro esgota… as últimas horas com certeza teriam sido melhor aproveitadas se você tivesse descansado para a jornada do dia seguinte, ou praticado um exercício físico.
Então a pergunta correta é: quantas horas líquidas você estudou? Geralmente, essas 12 horas diminuem consideravelmente.
O concurseiro deve entender que para passar não é necessário estudar no mínimo 3, 4, 10 ou 14 horas por dia. Para passar é necessário estudar com qualidade, e seria humanamente impossível obter 12 ou mais horas de qualidade diariamente.
A segunda “dica furada”, também relacionada com a quantidade de tempo de estudo é:quem trabalha não tem tempo para estudar, então se você puder, pare de trabalhar e se dedique somente aos estudos.
Eu era uma pessoa privilegiada. Embora precisasse trabalhar, meu horário era apenas de manhã, então eu tinha a tarde e a noite toda para estudar! Mas hoje posso dizer que quanto mais tempo eu tinha, mais eu desperdiçava. Como eu sabia que teria muito tempo, o estudo não rendia. Eu lia, parava, “viajava”, voltava, dava uma conferida nos e-mails, atendia ao telefone. Por fim, havia ficado lá sentada das 14 às 17h e depois das 18 às 21h, mas dessas 6 horas brutas, havia estudado efetivamente umas 3. Ah, e por pensar que já havia estudado “muito” durante a semana, nos fins de semana eu nem abria os livros.
Hoje trabalho em horário integral e meu estudo rende uma hora por dia a mais do que antigamente. Além disso, aproveito meus fins de semana e feriados para fazer revisões e exercícios, o que me rende mais algumas boas horas líquidas por semana.
 Isso acontece porque, como eu sei que só tenho a noite e os finais de semana para estudar, faço bom uso.
Seria maravilhoso se, na época que eu tinha mais tempo livre, tivesse conseguido fazer mais horas líquidas de estudo. Mas enfim, não foi o que aconteceu, e tenho certeza de que existem outros concurseiros que passaram ou ainda passam pela mesma situação. Portanto, não pense você que largar o emprego é a única solução para quem quer passar em concursos. Isso pode servir para alguns, mas não serve para todos.
RESUMO DA ÓPERA - Não é a quantidade, mas sim a qualidade das horas de estudo que fará diferença na hora da prova. Ademais, se você tem muito tempo livre, não desperdice! E se você tem pouco tempo, não pense que se tivesse mais, iria conseguir estudar mais. Nem sempre é bem assim… às vezes, quanto menos tempo se tem, mais nos dedicamos com seriedade, pois sabemos que aquele é o único tempo que temos!
Lívia Abrão é uma concurseira que filtra as dicas que segue.

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