Hoje o que não falta para concurseiros que desejam otimizar os estudos são técnicas de todos os tipos, de estudo, de planejamento, de memorização, de utilização de materiais de estudo diversos, enfim, há ótimas técnicas para praticamente tudo o que envolve estudar para concursos públicos, para todos os gostos, para todas as necessidades, de todos os níveis de sofisticação.
É fato mais que comprovado que boas técnicas realmente impulsionam os estudos, seja direta ou indiretamente, desde que bem compreendidas e adequadamente colocadas em prática pelo concurseiro. O problema é quando essas técnicas de estudo se tornam objeto de coleção por parte do concurseiro, nada mais. Explico.
Em praticamente tudo na vida é muito fácil perder o foco, ou seja, permitir que o objetivo principal perca importância grandualmente enquanto outras coisas muito menos importantes ganham atenção desnecessária. Seres humanos são craques em perder o foco. Se isso acontece com facilidade até mesmo com coisas que gostamos e que nos darão prazer, imagine com algo que nos dará mais trabalho e no final das contas não é lá muito agradável!
Há muitos concurseiros que na busca por novas técnicas que
aumentem a produtividade de seus estudos acabam por cair na armadilha de perder o foco e se tornam meros colecionadores de técnicas sem que nunca as apliquem na prática em suas rotinas de estudo que, aliás, acabam perdendo boa parte da importância que têm em sua vida. Ou seja, o foco se desloca de conhecer novas técnicas para utilizá-las na prática e dinamizar os estudos para apenas conhecer novas técnicas e ponto final … daí ferrou!
É fato que não adianta nada o concurseiro saber tudo sobre todas as técnicas criadas para quem estuda para concursos públicos se não as colocar em prática. Só que por mais óbvio que isso seja a tal “perda de foco” faz com que os concurseiros colecionadores ignorem essa verdade básica, infelizmente, porque muita gente com muito potencial perde muito tempo enquanto presos nessa armadilha.
Note que novas técnicas são criadas regularmente, muitas delas revolucionárias e inéditas, outras evoluções de técnicas já existentes. Isso acontece em resposta à mudança constante da forma como as bancas cobram nas provas os conhecimentos exigidos em edital, ao modo como os concurseiros têm se tornado cada vez mais bem preparados. Será que isso significa que o concurseiro deve desviar boa parte de sua atenção e foco para monitorar essas novas técnicas? Não creio. Da mesma que não é porque lançaram um novo modelo de smartphone ou de sistema operacional de computador você deve descartar o que já tem (e ficou antigo de uma hora para outra) para adotar o novo. Se para você aquele smartphone, sistema operacional ou técnica concurseira funciona muito bem, atene suas necessidadades e, principalmente, você conhece e domina muito bem, não há porque descarta tudo isso só porque há algo novo na praça.
RESUMO DA ÓPERA - Muito cuidado para não permitir que a busca por novas e mais eficientes técnicas concurseiras mude o foco dos seus esforços, que deve ser estudar para concursos públicos e ponto final. É muito fácil se tornar um mero concurseiro colecionador de técnicas … cuidado com essa armadilha, muito cuidado.
CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.
FONTE: BLOG CONCURSEIRO SOLITÁRIO
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